A face irônica do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) escondia um misto de satisfação e vitória, na madrugada desta quinta feira, no plenário da Câmara, depois do sucesso na manobra para a aprovação da maioridade penal em primeiro turno.
No início da semana, a Folha de São Paulo publicou um artigo em que o deputado Cunha defendia o Parlamentarismo. Mas... para quê? Se o que vemos neste país é a demonstração de que, na prática, já vivemos um parlamentarismo de fato?
A construção de casas de recuperação ou a superlotação dos presídios vai resolver o problema da segurança no Brasil?
Bem, não é esta a preocupação dos parlamentaristas de plantão!
De olho nas eleições municipais do ano que vem, depois de aprovar a Contra Reforma, o que se quer nessa República proclamada pelo Marechal Deodoro é dar vez e voz à Louca da Casa!
Na contramão dos movimentos sociais, mais preocupados com as ocupações que proliferam Brasil afora, os partidos políticos enrolam suas bandeiras, alegando que atendem à ampla maioria popular, provocam uma sangria no Sistema e lambem o buraco fundo da crise. Com isso, o PMDB avança de olho nas prefeituras!
Em Curitiba, empreiteiros lavam seus pecados na delação premiada e aguardam o início oficial da próxima campanha, premeditando mais um capítulo da Operação Lavajato.
Seria melhor se fizéssemos uma revisão no Estatuto da Criança e do Adolescente, em nome de Políticas Públicas contra o extermínio da Juventude. Mas... quem falou que, lá em Brasília, os novos parlamentaristas estão preocupados com isso?
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