terça-feira, 21 de abril de 2015

SE MIL VIDAS EU TIVESSE...

Na Turquia é crime acertar as contas com a história e admitir o genocídio contra os cristãos armênios. O Papa entrou na história do lado certo: defendeu os armênios e os turcos não gostaram, ainda que o erro seja menor do que o holocausto contra os judeus, na segunda grande guerra.
 
                        E houve o genocídio nos campos de morte do Cambodja, dois milhões de irmãos...
                        E houve o genocídio em Ruanda...
                        E houve o genocídio na Bósnia...
                        E há o genocídio no Oriente Médio.
 
                        Cuba se deu bem com os Estados Unidos, mas fracassou  nas negociações entre Colômbia e as FARC, esqueceu de chamar o Papa .
                        Falando nisto, dois senadores que anunciaram, na semana passada, o desejo de ocupar a Casa Branca, no lugar de Obamas Maximus, são de origem cubana.
 
                       Enquanto isto, os imigrantes estão sendo mal recebidos no mundo inteiro, exceto na Austrália e no Canadá. No Mar Mediterrâneo mata-se mais por xenofobia do que por afogamento.
                       
                        Na Liga Inglesa, cartolas e políticos, focados na audiência, estão mais preocupados com a invasão de atletas da África e da América do Sul do que com o dinheiro russo lavado no caixa dos clubes. Gol contra!
 
                        Gisele desceu das passarelas mas não pendurou o salto! Ela ganha mais dinheiro em promoções e eventos do que em desfiles. E ainda tem gente que acredita em loura burra!
 
                        No dia do Alferes Joaquim José, ou Joaquim Levy se quiserem outro tipo de quinto, a Lava Jato segue queimando etapas com o tesoureiro e a cunhada em cana! Dinheiro na mochila, seguindo para a Suíça e pagando a compra do apartamento para a filha, eta corrupção sofisticada!
 
                        Já que tucanaram a frase do Alferes Joaquim José da Silva Xavier , antes de subir ao patíbulo, no Campo da Lampadosa - "Se mil vidas eu tivesse, mil vidas eu te daria"- fiquemos com Paulinho da Viola - "dinheiro na mão é vendaval na vida de um sonhador"- ou se preferirem, citemos Ricardo Amorim - "Se a gente quer mudar o país, a mudança começa com a atitude de cada um de nós"!

sexta-feira, 17 de abril de 2015

VEDE MINHAS MÃOS E MEUS PÉS! SOU EU MESMO!


A comunidade cristã descobre a força de ser um só coração e uma só alma a partir da fé, não é à toa que os textos dominicais, durante o tempo pascal, sempre começam pelo Livro dos Atos.
 
                               Jesus nos ensina que é preciso CRER para VER, desta maneira daremos testemunho sem precisar de assistir milagres a granel! A Paz que o Ressuscitado nos oferece não é uma saudação de 'telemarketing', trata-se de um presente, uma dádiva para a comunidade.
 
                                Amar é fazer com prazer a vontade da pessoa amada! A prova do Amor de Jesus são as suas chagas que, agora, são marcas de luz para que não nos esqueçamos de sua entrega e sejamos mais fiéis!
 
                                Bento XVI, nosso Papa emérito, que festejou nestes dias seu aniversário em Castelgandolfo como um bom alemão, tomando uma caneca de cerveja, dizia: -A comunidade cristã cresce por atração e não por proselitismo.
 
                                 Rompendo as portas do Cenáculo, Cristo comunica cinco dons aos seus discípulos: o SHALOM, ausência de medo;  a ALEGRIA, fruto da fé; o ESPÍRITO SANTO, dom mais precioso, manifestado no Batismo e na Crisma  ; a MISSÃO, autoridade para evangelizar e o PERDÃO que nos faz pagar o mal com o bem, além de chamar a Deus de Abba (= "nosso Paizinho").
 
                                 A fé não é fruto de um raciocínio intelectual mas é dom da misericórdia divina, aliás, para comemorar os cinquenta anos do Vaticano II, o Papa Francisco vai abrir, no próximo oito de Dezembro, o Ano da Misericórdia a fim de realizarmos a revolução da ternura e vencer a globalização da indiferença com a cultura do encontro.
 
                                  É normal que sejamos assaltados por dúvidas, apreensões e tentações, contudo, deixar-se abater por estas coisas é adotar uma imaturidade cristã, temperada com uma religiosidade marcada por resultados temporais. Devemos entender que, na Páscoa, recebemos o único Alimento capaz de satisfazer as necessidades mais profundas do gênero humano.
 
                                 Dando um novo significado à vida depois da morte, Cristo abandona um messianismo marcado pela teologia da prosperidade e passa a compartilhar conosco sua divindade, tornando-nos Apóstolos para comunicar a grande novidade do Reino: somos filhos do mesmo Deus, independente de nossas crenças, relacionados na mesma Carne e no mesmo Sangue, herdeiros da eternidade.
 
                                 De que maneira encaramos esse Cristo nos homens e mulheres do nosso tempo?

terça-feira, 14 de abril de 2015

RESSUSCITOU! ESTÁ VIVO O SENHOR!

Os novos ateus inventaram mais uma: para lidar com o espírito, basta meditar e nem precisa ter mística! Com esta tese, sustentada pelos adeptos do belo, lúdico e mágico, tudo se resume em assistir encenações ou alguns minutos sentados ao ar livre, como se fosse uma simples flor de lótus, no mais tudo ficará bem! Seria um tipo de espiritualidade sem religião. Segundo Sam Harris, por exemplo, a razão explica tudo, sem necessidade da fé, apenas como um  produto de mercado,  parecido com a terceira lei de Newton: a cada nova doutrina religiosa corresponde uma reação dos neurocientistas e biólogos de plantão!                           

Só que  não! Como, depois de dois mil anos, a crença na ressurreição de Jesus Cristo, um dos mais extraordinários mistérios da fé, continua arrebatando multidões capazes de lotar os templos, sair em procissão pelas ruas, mudar condutas de vida e fazer uma peregrinação ao santuário de Turim, na Itália, a partir do próximo dia dezenove, para ver o Santo Sudário - o manto de linho de quase quatro metros que, segundo os santos evangelhos, serviu ao corpo de Jesus no Santo Sepulcro.                            

Mais do que uma simples faísca, capaz de levar o Império Romano a entender que não estava lidando só com uma seita, a ressurreição foi a grande resposta para os incrédulos, diante de um paganismo marcado pelo prestígio, a riqueza e o poder.                             

Jesus, enviado do Pai, sofreu as dores de um homem comum, morreu sem misericórdia, mas ganhou para todos a redenção da vida eterna: - Veja minhas mãos, Tomé, ponha o seu dedo nelas. Estenda a sua mão e toque o meu lado. Pare de duvidar e acredite!                             

Se personagens como  o escritor inglês Christopher Hitchens, o neurocientista americano Sam Harris e  o biólogo britânico  Richard Dawkins resolveram travar uma guerra contra os cristãos e muçulmanos, outros como o indiano Deepak Chopra e a inglesa Karen Armstrong resolveram abraçar os caminhos da cura quântica e dialogar com os teólogos da era moderna.                             

O novo ateísmo se atrelou à ciência e perdeu a paciência com os religiosos moderados. A exemplo de Iscariotes, na unção em Betânia,  os que acham que DEUS  é um delírio preferem que o perfume dos sacrifícios seja vendido para ajudar aos pobres, como uma maneira de vencer os homens-bomba que surgiram depois do onze de setembro.                              

Mas será que a promessa tecnológica da vida eterna, testada em tantos laboratórios iluministas, até os nossos dias, poderá levar os novos ateus a superar o fim inevitável da carne?